Desformatar com "leituras diferentes"

Unidade de ensino especial: Escutando um trecho sonoro, com muita atenção
Ao longo das últimas semanas, na Escola Básica nº1 do agrupamento de escolas Ferreira de Castro (Mem Martins - Sintra), prossegue o projeto “Leituras diferentes”. O livro vai estando cada vez mais presente na mesa da unidade de ensino especial: é importante promover a leitura na sala e o empréstimo domiciliário. Agora, tenho andado de sala em sala com a proposta “Dos sons nascem histórias”, desafiando as crianças para a escrita imaginativa, depois de escutarem uma pequena história sonora (sem palavras em Português). Trabalha-se a literacia auditiva usando, no todo inclusivo da turma, uma ferramenta da unidade de ensino especial. Todas as sessões começam pela apresentação de álbuns (livros de imagem) que vão sendo desvendados pelos alunos, à medida que o mediador vai folheando e interagindo – afinal, as imagens também se leem… Sinto, nos alunos, uma grande dificuldade em criarem sentidos para o que estão a escutar, inventando histórias. Existe uma grande formatação no modo como se ensina atualmente no primeiro ciclo; demasiada colagem às metas curriculares, pouco convívio com a produção artística. Não existe o hábito do desafio filosófico, ensinando a pensar fora dos limites quotidianos. Habituados a olhar o mundo de forma diferente, os meninos de perfil autista não têm, aparentemente, dificuldade neste tipo de desafio lúdico - as suas dificuldades são outras… Embora este projeto tenha surgido pelo lado da Educação Especial, ao apresentar-se com uma clara intenção inclusiva levanta novas questões, também em relação ao ensino regular. Mas educar é mesmo isto…comporta sempre uma certa dose de risco, podendo ter consequências transformadoras de futuro.
Fomos até à praia com "A Onda" 
Só quem sabe a diferença entre olhar e ver desvenda o segredo...
Catarina mostra o "Zoom" à Terapeuta da fala, usando os mesmos gestos do mediador...


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