Mógóróóó! Projeto 10X10

Mógóróóó! E todos ao centro para desarrumar o que está formatado; segue o jogo com muita atenção e imaginação, que é coisa requerida nas residências do projeto 10x10 (Descobrir/Gulbenkian). Quem orienta a dinâmica é o ator encenador Nuno Cardoso; todos participam (professores e artistas) numa brincadeira que ajuda a memorizar, promove a atenção exigindo uma resposta do corpo. Estamos todos descalços e confortáveis, numa das belas salas da Fundação, transformada em estúdio de experimentação.
Para quem não conhece este projeto em que estou envolvido, aqui ficam umas linhas que dão uma ideia sobre os objetivos e metodologia, mas não expressam bem a atmosfera que se vive neste momento inicial – a Residência!
Quantas vezes os professores se interrogam de como tornar a matéria interessante e relevante para o aluno tendo em conta as suas experiências e interrogações? Como ultrapassar a desmotivação? Como tornar estimulante o ensino de disciplinas como o português, a matemática, a filosofia e a biologia? Como tornar os alunos ativos no processo de aprendizagem? 
 projeto 10 x 10 tenta dar respostas a estas perguntas promovendo a colaboração entre professores de várias disciplinas do 10º ano e artistas de várias áreas. 
As respostas nem sempre são óbvias e fáceis de alcançar, e a colaboração com artistas foi algo importante neste processo tendo em conta que as práticas artísticas e criativas podem ser ferramentas pedagógicas úteis e eficazes para estimular a criatividade, o trabalho de equipa, a cooperação e a experimentação. Ferramentas capazes de mudar o paradigma de aprendizagem atual e de desmistificar o papel da escola. (in sítio Descobrir)
O projeto tem três momentos:
Residência – Conhecimento mútuo, entre professores e artistas, recheado de dinâmicas e partilha de pontos de vista.
As Aulas – Até ao natal, com um conjunto de aulas diferentes realizadas nos agrupamentos participantes, onde professor e artista aplicam um conceito criativo junto dos alunos das turmas escolhidas.
Aulas públicas – Finalmente, a partilha com uma comunidade educativa mais vasta dos resultados e caminhos percorridos, em sessões públicas a realizar na Fundação Calouste Gulbenkian (janeiro de 2015).
Mógóróóó! Como um grito tribal somos levados a usar o corpo, a voz, a música, enfim a expressão. Sucedem-se dinâmicas que nos libertam e podem ser úteis na sala de aula… Falamos de Micropedagogias. Mógóróóó! Sentamo-nos em círculo refletindo sobre a escola e a mudança. Tornamo-nos um corpo. Projetamos o futuro.

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